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Fliperamas de Boteco: Nostalgia e Saudade dos Anos 90

Nostalgia e diversão nos inesquecíveis fliperamas brasileiros

Ah, os fliperamas de boteco! Quem não se lembra daqueles tempos em que passávamos horas a fio jogando Street Fighter, Metal Slug ou The King of Fighters? Esses locais eram verdadeiros templos de diversão, onde crianças e jovens conviviam com adultos em um ambiente repleto de nostalgia e emoção. Neste artigo, vamos relembrar os inesquecíveis fliperamas de boteco e seus icônicos jogos, mergulhando na história e cultura desses espaços no Brasil durante os anos 90. Pegue sua ficha e venha com a gente!

fliperamas de boteco
Fonte Imagem: HQ’s Com Café

A origem dos fliperamas no Brasil

A chegada dos fliperamas

Os fliperamas chegaram ao Brasil nos anos 80, mas foi na década de 90 que eles alcançaram seu auge. Esses locais começaram a surgir em bares, lanchonetes e botecos, atraindo um público ávido por diversão e jogos eletrônicos. A popularização dos fliperamas se deu graças à importação de máquinas e jogos, principalmente dos Estados Unidos e Japão.

Os jogos mais populares

Diversos jogos marcaram essa época e se tornaram verdadeiros clássicos. Entre eles, destacamos:

  • Street Fighter II: O jogo de luta que revolucionou o gênero e se tornou um verdadeiro fenômeno mundial.
  • The King of Fighters: A série que reuniu personagens icônicos da SNK, como Terry Bogard e Mai Shiranui, em combates épicos.
  • Metal Slug: A franquia de ação e tiro que conquistou fãs com seu estilo cartunesco e humor peculiar.
  • Cadillacs and Dinosaurs: O beat ‘em up baseado nos quadrinhos Xenozoic Tales, que colocava os jogadores para enfrentar dinossauros e vilões em um mundo pós-apocalíptico.
  • Mortal Kombat: O polêmico jogo de luta que se destacou pelos seus gráficos realistas e violência explícita.

A atmosfera dos fliperamas de boteco

O ambiente peculiar

Os fliperamas de boteco eram locais onde a diversão e a boemia se encontravam. O ambiente era caracterizado pelo som alto das máquinas, o cheiro de cigarro e a presença constante de pessoas bebendo e jogando sinuca. Apesar de nem sempre serem os lugares mais apropriados para crianças e adolescentes, os fliperamas de boteco proporcionavam experiências inesquecíveis e muitas histórias para contar.

Os desafios e rivalidades

Parte da magia dos fliperamas de boteco estava nos desafios entre os jogadores. Era comum ver pessoas se enfrentando em disputas acirradas, seja nos jogos de luta ou nos de futebol, como International Superstar Soccer. As rivalidades entre os frequentadores eram intensas, e era uma honra ser reconhecido como o melhor jogador daquele estabelecimento.

Os rituais e costumes dos fliperamas de boteco

As fichas e o ritual do cinzeiro

Quem frequentava os fliperamas de boteco certamente se lembra do ritual das fichas e do cinzeiro. Era comum comprar várias fichas de uma vez, colocar algumas no cinzeiro para reservar a próxima jogatina e, às vezes, até colocar uma na boca enquanto se jogava. Essa prática, embora pouco higiênica, fazia parte do charme desses locais.

Fugindo dos pais e gastando o troco do pão

Muitos jovens frequentavam os fliperamas escondidos dos pais, que não faziam ideia de onde seus filhos estavam. Naquela época, não havia celular para rastrear os jovens, então era possível passar horas jogando sem ser incomodado. Além disso, era comum usar o dinheiro do troco do pão para comprar fichas e aproveitar ao máximo cada partida, tentando fazer uma única ficha durar o maior tempo possível.

Pega ou não pega ponto e os apelões da vez

As regras dos fliperamas variavam de lugar para lugar, e algumas práticas eram consideradas polêmicas. Por exemplo, havia a questão do “pega ou não pega ponto” quando o personagem ficava tonto após apanhar bastante. Em alguns locais, isso era proibido, e o jogador deveria esperar o adversário se recuperar antes de atacar novamente. Em outros, valia tudo.

Outra questão polêmica era o uso de personagens considerados “apelões”, como Rugal em The King of Fighters ou Akuma em Street Fighter. Muitos locais proibiam o uso desses personagens, e havia até plaquinhas alertando sobre a proibição.

O legado dos fliperamas de boteco

O fim de uma era

Com o avanço da tecnologia e a popularização dos consoles de videogame, os fliperamas de boteco foram, aos poucos, desaparecendo. Muitos estabelecimentos fecharam suas portas ou se adaptaram, substituindo as máquinas de arcade por sinucas, totós e outras atrações.

A nostalgia e o resgate da cultura dos fliperamas

Apesar do fim dos fliperamas de boteco, a nostalgia e a memória desses locais continuam vivas no coração dos brasileiros. Hoje, há diversas iniciativas que buscam resgatar a cultura dos fliperamas, como eventos retrô, arcades modernos e até mesmo emuladores e jogos clássicos disponíveis em consoles e computadores.


Os fliperamas de boteco foram verdadeiros marcos na história dos jogos eletrônicos no Brasil. Esses locais proporcionaram momentos inesquecíveis de diversão, rivalidade e amizade para muitas pessoas. Embora não estejam mais presentes em nosso cotidiano, a nostalgia e o legado dos fliperamas de boteco continuam vivos, inspirando novas gerações e mantendo acesa a chama daqueles tempos dourados.

Rafael Gouveia

Amante de videogames e fundador do RG Games, Rafael Gouveia tem 38 anos e traz o melhor conteúdo para quem ama jogos. Apesar de considerar o SNES o melhor console já lançado, Rafael é eclético e apaixonado por diversos jogos, como a franquia Resident Evil, Tomb Raider e Dino Crisis do PS1, além de simuladores como The Sims, Sim City e atualmente Cities Skylines. Com alguns canais no YouTube, Rafael é especialista em SEO, Wordpress e mídias sociais, e também atua como programador, analista, gerente de mídias sociais e é o principal redator do Media Manager. Além disso, ele é um apreciador de chopp gelado e solta a voz como cantor nos finais de semana. Rafael está sempre em busca de novidades e experiências para compartilhar com seus leitores e seguidores e é pai da pequena Maju!

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